domingo, 11 de junho de 2017

CONFLITO NORTE/SUL_3 ANO



Conflito Norte sul



Características históricas
Colonização por povoamento.
Inglaterra colonização tardia em relação a Portugal e Espanha:
·         centralização política
o    (pirataria, acúmulo de riquezas).
·         questões religiosas:
o   o Rei, chefe da Igreja anglicana  em oposição aos protestantes calvinistas.
o   O Rei rompe com a igreja católica por conta de interesses da monarquia que buscava reforçar autoridade frente a autoridades eclesiásticas.
·         Cercamento – apropriação de terras para fins lucrativos – abastecer a indústria de lã, base para o capitalismo financeiro monopolista.
Essas são as principais questões que levaram os ingleses a emigrarem para as terras da América. Para pagar o deslocamento, houve a servidão por contrato. Portanto iam para povoar, ocupar.
O norte e centro das Treze Colônias tinha clima semelhante ao da Inglaterra favorecendo a formação de pequenas propriedades, trabalho familiar livre, auto suficiente e consumo interno. No sul houve colônias de exploração (trinômio: latifúndio, monocultura e trabalho escravo). Assim os ingleses conseguiram autonomia das colônias (principalmente norte e centro) em relação à metrópole através de um comércio diversificado (Europa e África) o comércio triangular, obtendo lucros altos o que favoreceu a independência da América.

Colonização por exploração.
América Portuguesa e Espanhola, as metrópoles tinham a intenção “apenas” de explorar para acumular riqueza.

Imperialismo, Revolução Industrial (XVIII/XIX)
Influenciou o século XX (Primeira Guerra Mundial). Mundialização da indústria, Inglaterra agora tem concorrentes, França, Bélgica e Alemanha e EUA. Era preciso buscar fontes de energia e matéria prima nas colônias (África), investindo em infraestrutura apenas para escoar e obter lucros.

Neocolonialismo.
Ocorre durante a segunda Revolução Industrial, sistema capitalista financeiro e monopolista, apoiado pelos Estados burgueses da Europa, se estendendo aos Estados Unidos e Japão.
·         Características: busca de matéria-prima, mercado consumidor e mão-de-obra barata.
Agora as colônias estão na África e na Ásia. “Missão Civilizatória”.
I e II Guerras Mundiais
Multipolaridade conflituosa.
Estratégia:
·         Expansão territorial;
·         Controle do espaço;
·         Fortalecimento do Estado – obter hegemonia;
·         Japão de país arrasado a uma potência econômica, porém não tem intenção de propagar seus valores pelo mundo;
Guerra Fria: Países desenvolvidos e subdesenvolvidos
No início da década de 90 com a quebra do sistema socialista devido à crise econômica, estagnação do setor industrial gerando queda de produtividade e com altos gastos em armamento, levou a uma defasagem aos avanços alcançados pelas potências capitalistas, surgindo um novo conceito, países emergentes e/ou em desenvolvimento, facilitando o papel do neo liberalismo.
Nova Ordem Mundial – Discurso político econômico.
·         Mundialização do Capitalismo:        
o   Abertura de mercado.
o   Fim do protecionismo.
o   Estado mínimo.
o   Poder das Transnacionais, Organizações Internacionais, ONU e ONG`s.

Países ricos ou centrais: Norte - no aspecto histórico eram colônias de povoamento ou eram metrópoles, na guerra fria o sistema econômico desses países era capitalista e de nível desenvolvido e atualmente são países detentores de tecnologia e informação, são as nações mais ricas e industrializadas, se comportam como centro do capitalismo, possui forte domínio econômico e tecnológico no mundo. Elevado padrão de vida.

Países pobres ou periféricos: Sul - no aspecto histórico eram colônias de exploração, na guerra fria todos os países tinham sistema capitalista periférico e eram considerados subdesenvolvidos e atualmente alguns países, como o Brasil, possuem economia industrializada, porém dependentes de tecnologia e economia dos países ricos, ou seja, dependência financeira e menor desenvolvimento tecnológico e econômico.

Atualmente é possível descaracterizar alguns países desse estado periférico e conceituar como potência emergente: possuem crescimento econômico e oferecem boas oportunidades para investidores internacionais por meio de avanços tecnológicos, qualificação de mão de obra, índices de competitividade, disponibilidade de capital e nível de produtividade, grande contingente populacional, rico em recursos minerais e um grande território com mão de obra abundante.
BRICS – futuras potencias mundiais? A de se ter cautela?

·         Desagregação do capitalismo:
o   Grande parcela da população vive em situação de miséria e pobreza.
o   No sul explosão demográfica, dependência tecnológica e carência de capitais.
o   Sul prejudicado na sua maior fonte econômica, a agricultura, por conta da biotecnologia.
o   Migrações em busca de oportunidade de trabalho nos países do norte, gerando aumento de barreiras (xenofobia, racismo, preconceitos em geral).
o   Não intervenção do Estado, as transnacionais comandam, o Estado é corrupto, mas quando o sistema quebra é o Estado que é chamado para equalizar a situação.
o   O sistema financeiro internacional implica perigos para as economias do sul, podendo ser arruinadas, pois depende dos humores do norte.
o   Ausência de regulação, mercado instável, transnacionais – menor preocupação com o nacional - desterritorialização – produtividade e rentabilidade.

Os fluxos migratórios internacionais ao final do século XX chegaram a 150 milhões de migrantes em todo o mundo, número muito maior do que na década de 1970. E apesar de haver fluxos migratórios sul-sul a maioria desses fluxos ocorrem na direção sul-norte, sendo os EUA e a Europa as principais áreas de atração de imigrantes, o que vem gerando protestos da população receptora.
Há dois tipos de migração no mundo:
·         Migrações voluntárias ou espontâneas.
·         Migrações forçadas.

As disparidades norte/sul – Levam a conflitos?

O maior problema e a fonte mais importante de potenciais conflitos na nova ordem mundial é a crescente disparidade entre o norte (minoria de nações ricas) e o sul (uma maioria de países subdesenvolvidos), onde os novos desafios neste século XXI é a “nova revolução tecnológica” com:
·         o aumento da produtividade e o desemprego em massa;
·         a biotecnologia, seus problemas e promessas;
·         a nova explosão demográfica;
·         a globalização vista o prisma das telecomunicações e do sistema financeiro internacional;
·         o enfraquecimento do Estado Nacional;
·         os perigos para o meio ambiente.

As grandes desigualdades internacionais vão se agravar no século XXI, como no caso da explosão demográfica, que é antes de tudo uma consequência nos países pobres, o que gerará uma migração em massa para os países ricos o que só vai produzir mais intolerância e racismo.
A nova revolução tecnológica e a robótica são impróprias para os países do sul, devido o alto crescimento demográfico e a necessidade de preservar empregos que existiriam cada vez menos pela falta de mão de obra qualificada e pelo uso da própria tecnologia, o que também geraria baixíssimos salários, além da carência de capitais para investir nas necessárias inovações tecnológicas.
A biotecnologia por sua vez diminuiria a necessidade de solos agricultáveis prejudicando ainda mais vários países do sul que possuem sua base produtiva nesse ramo da economia. O sistema financeiro internacional implica enorme perigo para as economias frágeis que podem ser arruinadas ou ter sua moeda desvalorizada do dia para a noite, pois depende dos humores instáveis dos investidores dos países ricos, isso tudo, sem contar às telecomunicações que só beneficiaria uma minoria rica.
Na questão ambiental os países do norte que no passado foram os grandes poluidores do planeta hoje querem medidas de países do sul quanto aos impactos ambientais.
“[...] a questão ambiental e a ameaça da migração em massa significa que talvez pela primeira vez o que o sul faz pode prejudicar o norte.”
Segundo Paul Kennedy (historiador britânico especializado em relações internacionais) vê com certa desconfiança a globalização com o enfraquecimento dos Estados Nacionais – já que isso agravaria as desigualdades e tornaria o mundo ainda mais instável.
Deve ser feito um reparo na generalização norte/sul, pois dessa forma não fornece uma ideia precisa de como o mundo se divide sob o ponto de vista da geração de riquezas, já que quando se quer conhecer profundamente as desigualdades internacionais essa generalização pouco ajuda. Será que não existem economias do sul que estão se saindo bem nessa nova globalização? Ou podemos considerar que Moçambique e Tanzânia possuem a mesma condição geoeconômica e sociocultural que Brasil e México.

Meio Ambiente

Países do norte são os que mais consomem energia. No passado destruíram suas florestas, agora reivindicam a degradação do meio ambiente dos países do sul (China, Índia e Brasil). De maneira geral os países do Norte são os que mais emitem co2 na atmosfera. Em relação ao Protocolo de Kyoto em 2008, os EUA, o maior emissor de gás carbônico no mundo não assinou.

Neocolonialismo ecológico é ameaça global

Se no atual momento, o mundo conta com refugiados políticos e religiosos, no futuro não muito distante, haverá refugiados climáticos e fugitivos do terrorismo contra o meio ambiente. O uso desmedido de recursos naturais, o efeito das queimadas e toda a emissão de poluentes que acarretam o aquecimento global contribuem com a destruição do meio ambiente.
Dentro dessa abordagem, o importante é analisar como a sociedade mundial se comportará diante de todo esse previsível tumulto, considerando que algumas regiões sofrerão com mais rapidez as consequências, de acordo com as riquezas naturais que possuem. Todo esse contexto prevê conflitos entre os povos em busca de recursos a qualquer custo.
Apesar da dificuldade de mensurar o impacto ambiental e social desse fenômeno, as prováveis soluções da humanidade serão baseadas em violência, como já ocorreu em outros momentos da História. Sem um entendimento maior por parte das pessoas sobre as mudanças climáticas, as migrações de uma região para outra serão por intermédio de guerrilhas e causarão muitas mortes.
Para amenizar os impactos desse desastre ambiental, é necessário que ocorra uma mudança radical na cultura consumista da sociedade contemporânea, freando o crescimento globalizado da tecnologia e do consumo, de forma a se abster de todos os excedentes em relação ao confronto que atualmente o sistema proporciona apenas para alguns.
A sociedade precisa mudar rapidamente o comportamento relacionado à utilização dos recursos naturais, estabelecendo novas regras de comportamento, colocando um freio na liberdade consumista.
É necessário estarmos atento para alguns temas como:
·         Mercado da violência;
·         Limpeza étnica;
·         Conflitos ambientais;
·         Fracassos da sociedade;
·         “Ecocídio”.
Um dos maiores desafios para a implementação dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) é a permanência da relação perversa entre os países desenvolvidos (norte) e os países em desenvolvimento (sul), que pode ser caracterizada como neocolonialismo ecológico.
            Historicamente os países do Hemisfério Norte exploram de forma predatória a natureza dos países do sul, por meio de políticas econômicas agressivas ao meio ambiente. Nessas relações de exploração, a natureza sempre foi à derrotada; perde quando os recursos naturais são extraídos de forma abusiva e quando recebe os resíduos que a sociedade de consumo produz em grande quantidade. Florestas são transformadas em cinzas para dar lugar a monoculturas e à pecuária.
            Na Indonésia as madeireiras estão destruindo as florestas para exportar madeira para os países do Norte, no local plantam palma para a produção de óleo, que, por ironia ainda rotulam como combustível ecológico (biodiesel). Na Amazônia, são destruídas grandes áreas de floresta para a criação de pastagens, e no Cerrado do Brasil Central, a destruição ocorre para a produção de soja e de outros commodities para exportação.
            A expressão concreta dessa nova forma de neocolonialismo é a dívida ecológica que pode ser entendida como a responsabilidade que tem os países industrializados pela destruição gradativa do planeta como resultado de seu modo de produção e consumo, característico de um modelo de desenvolvimento fortalecido pela globalização e que ameaça a integridade dos ecossistemas e da biodiversidade. Inclusive a espécie humana.
            O nível de vida que ostentam os países desenvolvidos se deve ao imenso fluxo de bens materiais naturais e da exploração da mão de obra dos países em desenvolvimento, acrescido dos danos sociais e ambientais provocados pela extração destes bens. É um modelo que na realidade, é subsidiado pelos países do Sul.
Atualmente, os mecanismos de exploração dos países mais ricos, portanto o aumento da dívida ecológica, aperfeiçoaram-se, utilizando, principalmente, a atividade das corporações transnacionais como ponta de lança dessa ação predatória.
Os novos mecanismos de dominação e consequentemente de geração de mais dívida ecológica são, entre outros:
·         Investimentos vinculados à posse de áreas naturais
·         Programas de privatização de áreas sensíveis do ponto de vista social e ambiental



Um comentário:

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